Venda Velha

A VENDA VELHA pretende recriar o ambiente comercial e social madeirense do princípio do século XX. Este conceito de negócio tem por base uma componente de tasca, ponto de encontro habitual da população, à semelhança dos adros das igrejas. As vendas eram janelas para as novidades do mundo exterior, onde se recebiam notícias dos familiares e amigos ausentes, se lia o jornal e o correio, se deixavam recados Eram pontos de comunicação e convívio que alimentavam a bilhardice quotidiana, aproximando as pessoas. Estas pequenas mercearias também comercializavam um pouco de tudo o que era produção local, incluindo o tão conhecido vinho seco, permitindo às famílias adquirir bens essenciais para o seu dia-a-dia num clima de confiança que ficava registado no rol mensal. Embora actualmente estas vendas tenham praticamente desaparecido do Funchal, a VENDA VELHA surge como uma oportunidade de conceber um espaço tradicional numa zona antiga e classificada da cidade, permitindo conservar uma memória da tradição madeirense aliada a uma actividade comercial com forte potencial turístico. Aqui, o conceito de venda/tasca não é meramente museológico mas sim adaptado à nossa contemporaneidade: não se pretende dar resposta à necessidade de distribuição de bens essenciais mas essencialmente criar um espaço de lazer que preserva uma recordação do quotidiano popular madeirense. Este conceito VENDA VELHA é sustentado pela decoração antiga e típica da época, com móveis de vitrine típicos das mercearias, mesas e bancos de madeira simples, suportes de candeeiros a petróleo nas paredes, televisões e rádios daquela altura, moinhos de café e balanças velhas, e todo um conjunto de utensílios e objetos alusivos aos anos 20-30. Com tudo isto, a VENDA VELHA é uma agradável viagem no tempo e nas recordações da Madeira antiga, bem como um local de culto à nossa tão afamada poncha!